Fumar de castigo

Uma nova técnica comportamental associada ao tratamento com o medicamento vareniclina duplicou a chance de o paciente parar de fumar, segundo estudo da Dra. Jaqueline Scholz, coordenadora da Área de Cardiologia do Programa de Tratamento do Tabagismo do Instituto do Coração (InCor).

O trabalho, que foi apresentado no Congresso da Society For Research On Nicotine and Tobacco – SRNT (Sociedade de Pesquisa em Nicotina e Tabaco) em setembro último, na Noruega, chamou a atenção dos participantes e, especialmente, da presidente do evento, a Dra. Serena Tostad (à direita na foto).

Nessa técnica batizada de “fumar de castigo”, o paciente é liberado para fumar se tiver vontade, a partir do oitavo dia de uso da vareniclina, sob condições bastante específicas. Ele deve estar em pé, sozinho, olhando para a parede, sem dispositivos (celular etc.), alimentos ou bebidas.

Em outras palavras, explica a Dra. Scholz, a pessoa deve interromper tudo para fumar um cigarro, sem a presença de qualquer dos “gatilhos” que levam ao ato. Essa estratégia, diz a criadora do método, leva a uma dissociação do ato de fumar com hábitos de prazer.

“Essa técnica comportamental, associada ao medicamento, dobrou a chance do paciente deixar o cigarro com a terapia”. Segundo a médica, a expectativa agora é de que outros estudos usem a mesma técnica do “fumar de castigo”, para provar os resultados do InCor.

Dra. Jaqueline Scholz (centro)

 

Fumar de castigo

Um pensamento em “Fumar de castigo

  1. Se o fumante fez uma cirurgia de troca da válvula aórtica, em 2020, por procedimento cirurgico, tendo passado alguns dias na UTI por um quadro de Pneumotorax. Hoje está bem, faz caminhada com alguma frequencia, mas não abandonou o tabagismo. Qual o reflexo na degeneração da válvula?
    Pode haver outra cirurgia desse tipo para atenuar os danos? Qual a longevidade a válvula nesse quadro?
    Aguardeço a resposta do INCOR pois a leituta de artigos anônimos não impacta a reflexão como a resposta direta!!!

    Obrigado!!!

    Amilcar

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