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Válvula cardíaca de dura-máter

A válvula de dura-máter é uma prótese cardíaca utilizada para substituir as valvas do coração. Tem a forma de pequena coroa de aço inoxidável recorberta pelo tecido de dura máter humana (a mais externa e espessa das três camadas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal).

Inventada na década de 1970 pela equipe médica formada pelos doutores Puig, Verginelli e Zerbini, do Instituto do Coração (InCor), veio substituir as próteses de “bola”, anteriormente empregadas, dando ensejo ao uso de tecidos biológicos. Trata-se de um marco importante no campo científico e no aperfeiçoamento da pesquisa médica brasileira, motivo de repercussão e prestígio internacional, pois, além de salvar a vida de diversos pacientes, comprovou a capacidade técnica-moderna das cirurgias brasileiras.

Hoje não é mais possível o uso da válvula cardíaca de dura-máter, em função das dificuldades de se conseguir a matéria-prima para sua confecção e da forma artesanal da sua produção. Porém, é preciso reconhecer que as próteses de dura-máter abriram o campo do implante e da pesquisa das válvulas biológicas no Brasil.

OBS.: Neste capítulo, escrito pelos professores Luiz Boro Puig e Sergio Almeida de Oliveira, a figura 23.3.a (situada no canto inferior direito da página 205) foi escolhida para ser a capa do livro acima.

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